Disponível em: https://debategraph.org.
Guiomar Delfina de Noronha Torrezão nasceu em Lisboa, em 26 de novembro de 1844, e veio a falecer também nessa cidade, em 22 de outubro de 1898, após sofrer uma lesão cardíaca aos 53 anos. Quando faleceu, vivia com a irmã, Maria Felismina de Noronha Torrezão.
Romancista, ficcionista, dramaturga, poeta, jornalista, tradutora e ensaísta, Guiomar Torrezão foi uma das primeiras mulheres a fazer da escrita um trabalho remunerado. Nunca casou ou teve filhos, logo, dedicou a sua vida a esse ofício.
Filha de José Joaquim de Noronha Torrezão e de Maria do Carmo Pinto de Noronha Torrezão, ficou órfã de pai ainda na infância e, em decorrência disso, passou a auxiliar no sustento da casa desde essa época, oferecendo aulas particulares de instrução primária e de francês num primeiro momento. Fundou, junto à irmã Maria Felismina, o periódico Almanach das Senhoras, em 1871. Segundo Duarte (2007), o periódico teve uma duração de 56 anos, o que é um importante marco para a história dos periódicos femininos, que não tinham tanta longevidade.
Em 1887, Torrezão fundou o periódico O Mundo Elegante. Além disso, ela foi colaboradora em outros periódicos portugueses, como Ribaltas e gambiarras e Diario Illustrado. No periódico Ribaltas e gambiarras, foi redatora e utilizou o pseudônimo Delfim de Noronha em seus primeiros dez números, enquanto que nas edições seguintes passou a assinar com o próprio nome; no periódico Diario Illustrado, utilizou, além do próprio nome, o pseudônimo Gabriel Cláudio.